Porto digital

O Dia, Luiz Lobo (Opinião), 13/set

A transformação revolucionária do projeto Porto Maravilha vai além do plano visível aos olhos da população. A reorganização do subsolo da cidade vem acompanhada de proposta inovadora que coloca o Rio de Janeiro na vanguarda das telecomunicações. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), responsável pela requalificação da Região Portuária, desenhou novo modelo da prestação de serviços de telefonia fixa e móvel, internet banda larga e conteúdo multimídia. A proposta adota redes subterrâneas de fibra ótica e alça o município à condição de distrito digital de alta conectividade. Status que poucas cidades do mundo têm.

O Rio será o primeiro no País a oferecer conexão de 1 GB, pela solução conhecida como FTTH (Fiber To The Home) ou FTTB (Fiber To The Building). Para se ter ideia do que isso representa em qualidade, a maior capacidade que o mercado oferece hoje é de 100 MB. Está em curso o processo de definição do projeto funcional e da modelagem financeira para a concessão de direito de uso das galerias e dutos com a nova rede de fibras para transporte de dados e voz na Área de Especial Interesse Urbanístico.

O investimento na instalação da rede física será obrigação da concessionária. A conversão integral da rede aérea em subterrânea tem de dar acesso a todas as operadoras e prestadores de serviços já licenciados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Uma das boas notícias é que os custos para todos os operadores serão iguais e transparentes. A situação é inédita. Essas empresas que hoje atuam na região terão as mesmas condições de prestação de serviço ao usuário final, o que significa que teremos concorrência bastante acirrada.

Luiz Lobo é diretor de Operações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio (Cdurp)