BRT: estação depredada em abril custará R$ 833 mil

29/09/2014 - O Globo

Um despacho publicado, na semana passada, no Diário Oficial do município, dá uma ideia de como atos de vandalismo podem custar caro ao contribuinte carioca. O texto ratificado pelo secretário municipal de Conservação, Marcus Belchior, revela que a prefeitura gastará R$ 833 mil para reconstruir a estação do BRT Vila Paciência, na Zona Oeste, que foi depredada durante uma manifestação promovida, em abril, por moradores da Favela do Aço, que se revoltaram após um homem e uma criança terem ficado feridos numa operação da PM na comunidade.

Para o serviço, a prefeitura contratou, em caráter emergencial, a empresa Metalúrgica Valença, que terá dois meses para completar o serviço.

De acordo com a assessoria da Secretaria municipal de Conservação, apesar de o transporte estar sendo administrado pelo Consórcio BRT, criado pelas empresas de ônibus, o custo do reparo terá que sair dos cofres da prefeitura, pois o município é o responsável por entregar as estações. Por e-mail, o órgão afirmou que "o Consórcio BRT só instala os aparelhos para garantir a operação do sistema, como catracas, por exemplo. O dano provocado na estação citada não foi pontual, mas sim integral. Por esse motivo, está sendo a prefeitura a responsável pela reconstrução".

A assessoria consórcio, por sua vez, informou que teve prejuízo de cerca de R$ 100 mil, por causa dos equipamentos destruídos durante a manifestação. Um ônibus também foi incendiado. Este fim de semana, a estação aparentava um estado bem melhor do que em abril, indicando que os serviços de recuperação já começaram.

A Secretaria de Conservação informou ainda que os gastos com reparo de monumentos danificados por atos de vandalismo ou furtos chegaram a cerca de R$ 2,5 milhões nos últimos dois anos. As obras em homenagem a General Osório (Praça Quinze), Getúlio Vargas (Cinelândia) e Ibrahim Sued ( Copacabana) são alguns exemplos das que precisaram de reparos.