Centro de Niterói vai ganhar mais um mergulhão em dois anos

13/05/2015 - O Fluminense

Vinícius Rodrigues


Concessionária EcoRodovias Infraestrutura e Logística assumirá a partir do dia 1° de junho, a concessão da Ponte Rio-Niterói.
Foto: Arquivo / Cosme Antunes

Niterói vai ganhar dentro de dois anos um novo mergulhão no Centro. O anúncio foi feito pela Ecoponte, ramo da EcoRodovias Infraestrutura e Logística, concessionária que assumirá a partir do dia 1° de junho, a concessão da Ponte Rio-Niterói. Além dessa obra, outras quatro grandes intervenções acontecerão simultaneamente nos próximos cinco anos. Também a partir de junho, o pedágio passará a ser R$ 3,70, conforme proposta apresentada pela empresa.

Foto: Douglas Macedo


Alberto Lodi explicou que a previsão é que a construção do mergulhão se inicie em meados de 2016 e termine em 2017.
"A aprovação do projeto, licenças ambientais e outras licenças, poderão antecipar o início dessas obras, mas a nossa previsão é que a construção do mergulhão se inicie em meados de 2016 e termine em um ano. Queremos eliminar esse cruzamento da Praça Renascença, na Avenida Feliciano Sodré", disse Alberto Lodi, diretor-superintendente da Ecoponte, confirmando que a assinatura do contrato de concessão será na próxima segunda-feira, no Rio de Janeiro.

Das intervenções anunciadas ontem pelos diretores da concessionária, durante uma visita guiada pelas principais obras da empresa em São Paulo, também estão previstas no mês que vem intervenções de reforço nos vãos da via. Haverá ainda obras de alargamento do viaduto da rampa no sentido Rio, entre a praça de pedágio e o acesso à Avenida Feliciano Sodré, a construção da ligação da Avenida Brasil à Linha Vermelha e também com a Zona Portuária do Rio, essas últimas com o prazo de entrega até 2020. O investimento nas obras será de R$ 1,3 bilhão.

Já na Ponte Rio-Niterói, Alberto Lodi disse que, dentro de um ano, duas pistas mistas serão acrescidas às outras 14 já existentes para carros na Praça do Pedágio, sentido Niterói, passando de 14 para 16. Haverá também mais uma pista flex (exclusiva para motos).

Impacto – Alberto Lodi disse ainda que os impactos no trânsito durante as intervenções são inevitáveis, mas a empresa está realizando estudos para minimizar ao máximo os engarrafamentos. Para isso, haverá sinalização e as obras serão feitas, prioritariamente, no período noturno. Além disso, não haverá interdição total da Ponte para obras. O fechamento parcial ainda está sendo estudado.

"Hoje temos, em média, 160 mil carros passando nos dois sentidos da Ponte, diariamente. Mesmo com a redução do pedágio, acreditamos que não haverá um aumento exorbitante de veículos na via. Cerca de 1,4% a mais, segundo nossos estudos", disse Lodi.

Reajustes – O secretário estadual de Transporte, Carlos Roberto Osório, garantiu que neste ano não haverá nenhum aumento nos transportes do Estado, incluindo reajuste das Barcas. O secretário também participou da visita ao Grupo EcoRodovias.

Segundo Osório, independente da decisão da Agência Nacional de Transportes (Agetransp) de conceder o reajuste – que está previsto em contrato – aos concessionários, o governador Luiz Fernando Pezão decidiu que os usuários não sofrerão o impacto no bolso.

"Apesar de estar previsto um reajuste no contrato das concessionárias, conversei com o governador e ele decidiu esperar o posicionamento da Agetransp sobre qualquer tipo de reajuste. No entanto, garantiremos que não haverá aumento de passagens, sejam trens, metrô, ônibus ou barcas", informou.

Estiveram presentes no encontro o diretor-superintendente da Ecorodovias Ruy Klein, o diretor de concessões José Carlos Cassaniga e o subsecretário estadual de Transportes do Rio de Janeiro, Delmo Pinheiro.